Dos 204 milhões de hectares de cerrados brasileiros 11.856.866 ha encontram-se no Piauí e 9.800.000 ha no Maranhão, estados que formam a região Meio-Norte ou Nordeste Ocidental do Brasil, a qual representa cerca de 10,7% da área física de cerrados do país. Juntos, estes dois estados representam atualmente 30% da área ocupada por culturas temporárias na região Nordeste.
A expansão da soja no Centro-Norte do país redesenha a geografia do agronegócio brasileiro. A região responde por cerca de 10% dos grãos produzidos no país e, ano a ano, se firma como a mais promissora fronteira agrícola nacional. A locomotiva do crescimento é o MaToPiBa, um gigantesco pedaço de Cerrado que engloba as regiões com aptidão para produção de grãos dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Em meio à vegetação nativa, lavouras de soja e milho se misturam à paisagem e ganham espaço a cada safra. Há dez anos, as duas culturas ocupavam menos de 1 milhão de hectares nesses quatro estados, conforme as estatísticas oficiais. Hoje, soja e milho cobrem mais de 4,0 milhões de hectares, segundo a Expedição Safra RPC.
Nos últimos cinco anos, o plantio de grãos tem crescido cerca de 5% ao ano na região, calcula Max Bomfim, gerente de originação da trading maranhense Ceagro. Projeções da Ceagro e da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) indicam que os quatro estados ainda teriam outros 6,5 milhões disponíveis à agricultura. Se toda essa extensão fosse aberta, a área total de grãos do MaToPiBa ultrapassaria os 10 milhões de hectares.
Figura
1. Diferenciação das aréas do Maranhão e Piauí
Em laranja estão representadas as áreas agricultáveis dos estados de Maranhão e Piauí.
Com a implantação do Programa Corredor de Exportação Norte, que tem como área de abrangência os cerrados do Sudoeste do Piauí, Sul do Maranhão e Norte e Sudeste do Tocantins, ampliaram-se as oportunidades comerciais da produção de grãos na região pelas vantagens comparativas criadas pela infraestrutura de transporte.
Todavia o estado do Maranhão teve um comportamento diferenciado graças as iniciativas dos imigrantes do Sul e Centro Sul do País, que atraídos pelo baixo preço inicial das terras e mais recentemente pela infra-estrutura criada pelo Programa Corredor de Exportação Norte, ampliaram os seus investimentos produtivos, de forma organizada, criando as condições necessárias para ampliação da área cultivada na região.
Em 1980, o estado do Maranhão contava apenas com 80 hectares de soja, o que correspondia o total da área cultivada com a cultura em toda a região Meio-Norte, crescendo a partir daí, até atingir dimensões e rítimos importantes, chegando a 129.010 ha em 1997 e atingindo a marca de 421.520 ha em 2008.
No Piauí, o primeiro registro oficial do cultivo da soja, como atividade econômica, ocorreu em 1982, com apenas 10 ha de área cultivada, a partir daí, um crescimento lento e de pequenas dimensões, atingindo 18.075 ha em 1997 e chegando a 253.566 ha em 2008.
Além da incorporação de área, a expansão da agricultura no Centro-Norte sustenta-se em ganhos de produtividade. É comum encontrar no MaToPiBa rendimentos que não deixam nada a desejar às lavouras de soja em Toledo (Oeste) ou de milho em Guarapuava (Campos Gerais), lideres em produtividade no Paraná.
Quando o solo não ajuda muito, entra então a tecnologia. A agricultura de precisão tem se tornado o caminho para driblar as deficiências naturais do solo.
Apesar do reinado absoluto da soja, tem quem invista para obter altas produtividades de milho no na região. O cereal que antes era plantado só para rotacionar culturas e fortalecer o solo agora gera renda. As lavouras ocupam quase 20% da área de cultivo.
Resultados atingidos em prodotividade, compensam relatos de perdas causadas por veranicos em algumas áreas, como pontos isolados do Maranhão e do Piauí, e sustentam o incremento na safra. Entre soja e milho, a região deve colher neste ano 9 milhões de toneladas. Há apenas uma década, colhia pouco mais 3 milhões de toneladas de grãos.
Além de poder atender à toda demanda por matéria-prima das indústrias de processamento da região do Corredor de Exportação Norte e de regiões adjacentes, os produtores contam com a exportação, com ganhos reais diretos, uma vez que o escoamento da produção pelos sistemas rodoferroviário e de embarque tem os mais baixos valores de frete e de tarifa portuária do país. Comparativamente a Santos e Paranaguá, o Porto de Ponta da Madeira, além de possuir um custo 45% menor que aqueles, encontra-se a 1.500 milhas náuticas mais próximo dos portos europeus.
Atuando no estado do Tocantins desde 2005, a Impar adquiriu vasta experiência em sistemas de produção irrigado e de sequeiro.
Nos diferentes ambientes de solo e clima na condição de sequeiro, predomina-se a produção de soja em baixas altitudes com áreas de relevo suave ondulado, grandes variações de tipos e fertilidade de solos, severidades climáticas e situações adversas para o desenvolvimento das culturas. Nesse contexto a Impar, possui larga experiência, e configura um sistema de produção dinâmico, versátil que adéqua todas as alterações das condições de produção, dentro da necessidade de cada propriedade.
Além desse cenário, o estado do Tocantins também possui áreas de chapadas nas regiões de divisa com BA, MA e PI e que também fazem parte da área atuação da nossa empresa. São regiões de paisagem mais homogênea de relevo e tipos de solo, onde a agricultura de soja e milho encontra-se em níveis tecnológicos avançados.
Além da agricultura de sequeiro, o Tocantins possui uma larga extensão de áreas baixas, conhecida de planície do Araguaia. Nessa região, durante a época chuvosa cultiva-se o arroz irrigado por inundação e durante a época seca são produzidos sementes de soja e feijão irrigados por sub-irrigação.
É uma região de condições específicas de clima e solo, relevo plano e baixa altitude, localizado no sudoeste do estado, municípios de Formoso de Araguaia e Lagoa da Confusão e adjacências. Nesse contexto a Impar procura desenvolver soluções que possibilitam minimizar os efeitos prejudiciais da alta pressão de fatores bióticos sobre a cultura e fazer que a planta de arroz possa conviver de forma sustentada nesta condição, com danos mínimos ao ambiente.
Figura
2 . Solos Tocantins
A região oeste do estado da Bahia é uma das principais regiões agrícolas brasileira. Conta com uma topografia muito favorável a mecanização agrícola e grandes extensões de terra.
A exploração agrícola iniciou no final da década de 1970, e tomou impulso nos anos 80. Atualmente apresenta uma taxa anual de crescimento superior a outras regiões agrícolas brasileira.
A tecnologia em correção de solo permitiu o cultivo em solos antes desprezados para a pratica agrícola, com resultados de altas produtividades.
A região conta com agricultura tecnificada, desde máquinas, implementos, sementes , técnicas agronômicas e acima de tudo, pesquisa local garantindo geração de novas tecnologias agrícolas.
A região conta com cultivos diversificados e sistemas de irrigação. Soja milho, algodão, feijão e café, são culturas expressivas.
Clima, solo e pessoas diferenciadas tornaram o Oeste da Bahia em uma área consolidada e de importância e expressão nacional.
E é por esses motivos que a Impar Consultoria no Agronegócio está presente e atuante na região Oeste da Bahia.